A doença arterial periférica (DAP) é uma nomenclatura que abrange todas as obstruções que afetam as artérias carótidas e suas ramificações, vertebrais, mesentéricas, renais, de membros inferiores e superiores.
Você já ouviu falar na DAP? Esta é uma condição muito comum, principalmente em homens. Continue a leitura para entender mais sobre o assunto.
O que é a doença arterial periférica?
É uma disfunção que provoca o estreitamento e endurecimento das artérias responsáveis por transportar o sangue para os membros inferiores. Quando ocorre esse estreitamento, o fluxo sanguíneo é prejudicado e causa diversas complicações.
As artérias transportam o sangue rico em oxigênio e nutrientes do coração para o corpo. Se as artérias das pernas forem bloqueadas, esses membros não recebem os nutrientes necessários.
Quais são as causas da DAP?
A causa mais comum da doença arterial periférica é a aterosclerose, uma condição caracterizada pela formação de placas de gordura nos vasos sanguíneos. Contudo, existem diversos fatores que potencializam as chances de um indivíduo desenvolver a DAP.
Esses fatores são o tabagismo, diabetes, obesidade, hipertensão arterial, altas taxas de colesterol, ter mais de 50 anos de idade, histórico familiar da doença e a elevação no nível de homocisteína.
Quais são os sintomas da doença arterial periférica?
Esta condição pode provocar diversos sintomas no paciente. Porém, o mais característico é a claudicação intermitente, que é a sensação de dor, cãibra, desconforto ou cansaço nas pernas, que surge sempre que a pessoa está em movimento. O sintoma é aliviado com o repouso.
Na maioria dos casos, a claudicação afeta somente as panturrilhas, mas também pode afetar os pés, coxas, quadril e os glúteos. Esse sintoma evolui ao mesmo passo que a doença progride, reduzindo, cada vez mais, a distância suportada pelo paciente.
Porém, nem todos os casos são marcados pela presença de sintomas. Em 20% dos casos, essa doença é assintomática. Além disso, outros sintomas podem aparecer, como, por exemplo:
- feridas nos dedos, pés ou pernas de difícil cicatrização;
- mudança na cor das pernas;
- queda e lentidão no crescimento de pelos nas pernas;
- crescimento lento das unhas dos pés;
- baixa pulsação nas pernas ou nos pés;
- disfunção erétil em homens.
Quais são as alternativas de tratamentos?
A primeira forma de tratamento é o afastamento dos fatores de risco, que são modificáveis. O médico também poderá solicitar que o paciente realize caminhadas de, no máximo, 50 minutos por dia.
Outra medida complementar é o tratamento medicamentoso, que ajuda a melhorar os sintomas. O médico pode prescrever os antiplaquetários e os inibidores da ECA. Quando necessário, o paciente também pode receber indicação cirúrgica.
A angioplastia transluminal percutânea é um procedimento cirúrgico para a dilatação dos vasos sanguíneos, mantendo a artéria aberta e reduzindo as chances de uma nova oclusão. A tromboendarterectomia é indicada para tratar as lesões na aorta ou nas artérias femorais.
Outras possibilidades são a revascularização, a simpatectomia, a terapia de compressão externa e, ainda em estudos, o transplante de células-tronco. Em último caso, pode ser necessário amputar a perna afetada.
Isso é tudo o que você precisa saber sobre a doença arterial periférica. Caso tenha outras dúvidas, procure um angiologista.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como angiologista e cirurgião vascular no Rio de Janeiro!